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terça-feira, 19 de julho de 2011

Dois Quilos de Tristeza


No atendimento diário com a psicoterapia do Emagrecimento pela Palavra, técnica desenvolvida após dois anos de pesquisa de Mestrado em Cognição e Linguagem (UENF-RJ) sob a orientação da Pós Dra. Arlete Sendra, começamos a notar algo extraordinário que temos o dever de reportar a quem se interessa pela maravilha da psique humana: os dois quilos de tristeza.

 Todas às vezes que um paciente reporta uma alegria ou ressignificação de uma condição de fratura cognitiva ele perde, de imediato, dois quilos. De forma surpreendente em 48 horas, dois quilos (média) desaparecem sem deixar vestígios e sem nenhuma mudança significativa de alimentação ou atividade física. O que pode ter ocorrido?

Sabemos que a tristeza é o movimento emocional que mais consome energia. Ficar triste demanda um alto consumo calórico. Por isso, toda vez que estamos na normalidade e um golpe emocional nos surpreende, emagrecemos a olhos vistos.

Nesse raciocínio, também sabemos que as pessoas em constante angústia acabam por acumular tecido adiposo como uma forma de defesa a futuras intempéries.  Esse estudo já foi feito, inclusive, na periferia de Brasília em um universo de 10.000 mulheres de baixa renda. A busca era outra, câncer de mama, mas a observação curiosa ficou por conta da obesidade em quase 70% desta população. A pergunta é: como pode quem tem pouco para comer engordar? A resposta é simples: o organismo guarda o que puder, baixando o metabolismo, à espera de dias piores.

Junte tudo isso e podemos inferir o raciocínio que o corpo de quem está numa estrutura insegura guarda algo para queimar caso fique triste por algum desapontamento: Dois kilos!
Quando começamos a psicoterapia breve de quem se considera obeso, a resposta imediata na primeira semana é a perda de dois quilos, caso ele(a) reaja bem as primeiras palavras colocadas. Logo após, ocorre uma estabilização e a perda começa a ser gradual, numa curva menos inclinada. Se tudo correr bem, e a expectativa de resolução se consolidar, o sujeito passa a perder peso até chegar onde o seu organismo considera adequado para aquele momento de sua vida.
Neste período, se algo ocorrer que quebre essa linha, ele volta a ganhar (em média) dois quilos quase imediatamente, no máximo em 48 horas.  Esse efeito, acredito, é o reservatório natural para consolidar a tristeza, sem afetar as reservas calóricas cotidianas.
Óbvio que isso é um pensamento que compartilho e ainda necessitamos estudar e verificar muito até supor que seja uma verdade absoluta. Enquanto isso não ocorre, compre uma balança e afira seu peso todos os dias, no acréscimo ou diminuição analise os sentimentos mais experimentados no dia anterior. Pode ser que a sua experiência ajude a comprovar, ou não, essas linhas que escrevo.